O McDonald's está promovendo uma onda de demissões em seus escritórios corporativos nos Estados Unidos como parte de um plano de "reestruturação" da empresa, que inclui ainda, segundo o The Wall Street Journal, cortes de salários e benefícios dos trabalhadores.
Somente na última semana, de acordo com a imprensa estadunidense, centenas de funcionários foram demitidos - o número exato de demissões ainda é desconhecido.
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Um detalhe nessas dispensas, para além da ação em massa, entretanto, chama ainda mais atenção: antes de saberem que seriam demitidos, os funcionários dos escritórios do McDonald's foram orientados a trabalhar de casa - fazendo o chamado "home office".
Tratava-se, no entanto, de uma estratégia da empresa para "otimizar" a rapidez das demissões. Todos eles foram mandados embora por e-mail dias após adotarem a nova "modalidade" de trabalho.
"Trabalhe no escritório, seja demitido em casa", ironizou o jornal The New York Times em artigo sobre as demissões do McDonald's publicado em seu site neste sábado (8).
Em e-mail interno obtido pelo The Wall Street Journal, o presidente da rede de fast food nos EUA, Joe Erlinger, afirmou que “embora a marca McDonald's esteja na posição mais forte em anos, também reconhecemos que nosso negócio se tornou cada vez mais complexo nos últimos anos”.
À agência Reuters, em condição de anonimato, um executivo do McDonald's disse as demissões foram feitas virtualmente "por respeito" aos funcionários e para “fornecer dignidade, confidencialidade e conforto aos nossos colegas”.
“Antigamente, as pessoas eram chamadas a uma sala de conferências com as janelas cobertas com papel e depois voltavam para a mesa para pegar seus pertences pessoais e saíam de cabeça baixa”, justificou.
No último trimestre de 2022, o McDonald's teve um lucro líquido de US$ 1,9 bilhão.