MCDONALD'S

McDonald's é notificado por assédio sexual e más práticas socioambientais

Centrais sindicais brasileiras e uma francesa notificaram a rede a se ajustar "dentro de três meses" à lei sobre o dever de vigilância

McDonalds em Paris.Créditos: Divulgação
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Após denúncias de más práticas socioambientais or parte de alguns fornecedores sul-americanos, o McDonald's francês foi "notificado" a se ajustar "dentro de três meses" à lei sobre o dever de vigilância. A informação é da central sindical francesa CGT e duas outras brasileiras, a UGT e CUT.

"Nós requeremos a publicação dentro de três meses (...) de um plano de vigilância conforme as exigências legais", escreveram CGT, UGT e CUT, dirigindo-se ao diretor da filial francesa da marca, assim como a seu diretor-geral americano.

De acordo com as três centrais, o McDonald's francês não publicou nenhum plano de vigilância desde que a lei entrou em vigor. Elas criticam a rede de fast food por "violações dos direitos humanos, das liberdades fundamentais, da saúde e da segurança das pessoas e do meio ambiente", tanto na França quanto em certos terceirizados brasileiros fornecedores de café, suco de laranja ou soja destinada à alimentação animal.

A lei francesa exige, desde março de 2017, que suas maiores empresas, inclusive as estrangeiras, publiquem planos para evitar os riscos relacionados a suas atividades e violações graves dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.

Assédio sexual

Os signatários na França apontam sobretudo "falhas da rede na prestação de contas" de fatos reiterados de assédio sexual em seus restaurantes.

Já sobre as relações do McDonald's com certos terceirizados brasileiros, os autores da notificação se apoiam em um relatório recente da ONG Repórter Brasil, criada para denunciar no país violações recorrentes aos direitos fundamentais das pessoas e dos trabalhadores.

O McDonald's, que se compromete a adquirir café de subcontratados que tiverem obtido um certificado de boas práticas, refuta as violações de seu principal fornecedor.

Um de seus cultivos também teria perdido o selo de qualidade após ter utilizado pesticidas em condições arriscadas. Em 2019, também foi penalizado com duas multas por "violação das regras relativas à duração máxima do trabalho e ao tempo de descanso mínimo", escreveram os signatários, enquanto um número expressivo de funcionários teve litígios com a empresa nos últimos anos.

Com informações da AFP