Neste 7 de abril, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio de 1994 contra os tutsis em Ruanda. No total, cerca de 1 milhão de pessoas morreram em 100 dias, incluindo hutus e cidadãos que resistiram ao ato.
Em mensagem sobre o massacre, ocorrido há 29 anos, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, destaca a responsabilidade compartilhada para a prevenção do tipo de atos, de outros crimes de guerra, contra a humanidade ou violações graves do direito internacional.
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O líder da ONU destacou ainda que tal lembrança é acompanhada de vergonha, pelo fracasso da comunidade internacional. A mensagem enfatiza que em uma geração após o genocídio, nunca se deve esquecer o que aconteceu e é preciso garantir que as gerações futuras sempre se lembrem do massacre.
Na atualidade, o secretário-geral alerta sobre a facilidade de se espalhar o discurso de ódio, que é um indicador-chave do risco de o genocídio se transformar em crime odioso.
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Prevenção de genocídio como dever
O secretário-geral ressalta que a complacência diante do tipo de atrocidade revela cumplicidade com o ato. Ele destaca que nenhum lugar e nenhum tempo está imune ao perigo, incluindo os dias atuais.
"A prevenção de genocídio é também um dever fundamental de todos os Estados-membros das Nações Unidas", ressaltou o secretário-geral da ONU.
Ele apela à comunidade internacional que esteja unida e se mantenha firme contra o aumento da intolerância e siga vigilante e pronta para agir contra o tipo de ação.
Exibição fotográfica e sessão da Assembleia Geral
A Assembleia Geral agendou uma cerimônia com os 193 Estados-membros para refletir sobre o evento nesta sexta-feira (7). A sede expõe fotografias e registros de sobreviventes da autoria do fotógrafo americano Jim Lommasson.
Em sua mensagem, o secretário-geral António Guterres ressalta o reconhecimento global da jornada do povo ruandês em direção à cura, restauração e reconciliação.