Na Argentina, com a gestão do recém-eleito presidente ultraliberal Javier Milei, o país enfrenta um acentuado aumento nos preços. Desde o início de seu mandato, em 10 de dezembro, após uma depreciação rápida da moeda argentina, os preços têm subido rapidamente, afetando a vida dos argentinos, em especial os mais pobres.
Proprietários de negócios em Buenos Aires, como um dono de bar de vinhos, testemunham aumentos significativos nos custos de insumos, como a carne, que subiu 73%, e a abobrinha teve um salto de 140%.
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O preço da gasolina também disparou e aumentou 60%. O preço das fraldas infantis duplicaram desde que Milei assumiu a Casa Rosada.
Eleito em 19 de novembro, o autodenominado "anarcocapitalista" herdou um cenário de inflação elevada, com um aumento de 160% em relação ao ano anterior. Suas políticas econômicas, ultraliberais e de arrocho, prometem cobrar sacrifícios da classe trabalhadora.
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Não foi por falta de aviso
Milei advertiu os argentinos que seus planos para reduzir o governo e reformar a economia causariam dor.
"Prefiro contar a vocês a verdade desconfortável do que uma mentira confortável", disse em seu discurso de posse.
Na semana passada ele anunciou o desejo de acabar com o "modelo de declínio" do país.
Há anos, a Argentina enfrenta uma crise econômica caracterizada por inflação persistente, crescimento da pobreza e uma desvalorização acentuada de sua moeda.
Os planos de Milei incluem cortes nos gastos públicos e regulamentações simbolizados pelo uso de uma motoserra elétrica em comícios eleitorais durante a corrida presidencial.
O porta-voz de Milei, Manuel Adorni, reconhece que a aceleração da inflação é um efeito colateral para reajustar a economia do país.