Glynn Simmons, um homem negro de 70 anos dos Estados Unidos, foi inocentado após quase meio século preso por um crime que não cometeu.
Ele e outro homem, Don Roberts, foram presos e condenados à morte em 1975 por um assassinato em Oklahoma. Suas sentenças foram convertidas em prisão perpétua depois.
Te podría interesar
Simmons e Roberts foram acusados do assassinato, um ano antes, de um atendente de uma loja de bebidas de 30 anos, durante um assalto em Edmond, Oklahoma. A prisão dos dois foi decretada apenas com base no testemunho de uma adolescente, que levou um tiro na cabeça durante o assalto, mas que sobreviveu.
Ela havia os identificado em uma fila de suspeitos formada pela polícia. Posteriormente, uma investigação colocou dúvidas sobre a confiabilidade dessas identificações. Os acusados também já haviam negado que sequer estavam em Oklahoma no momento do crime.
A prisão de Simmons foi a sentença injusta mais longa dos Estados Unidos, segundo o Cadastro Nacional de Inocentados.
“Este é o dia que estávamos esperando há muito, muito tempo”, disse Simmons aos jornalistas. “Podemos dizer que a justiça foi feita hoje, finalmente”, acrescentou.
Ele pode ser pedir uma indenização. “O que foi feito não pode ser desfeito, mas pode haver responsabilização”, disse, segundo uma nota da Agence France Presse. “É disso que estou falando agora. De responsabilidade”, declarou.