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G20: Lula diz que Brasil trabalha por "cessar-fogo permanente" entre Israel e Hamas

Presidente fez abertura de evento da cúpula no Palácio do Itamaraty; "Brasil segue de luto" com o conflito, segundo ele

Lula em discurso durante a abertura da Sessão Conjunta das Trilhas de Sherpas e de Finanças do G20.Créditos: Foto: Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez seu primeiro discurso oficial na presidência do G20, a cúpula de cooperação econômica com as 20 maiores economias mundiais junto da União Europeia. Nesta quarta-feira (13), Lula afirmou que o Brasil tem trabalhado pelo "cessar-fogo permanente" entre Hamas e Israel.

No Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), o presidente realizou a abertura do evento do G20 junto aos representantes diplomáticos, vice-ministros das Finanças e vice-presidentes de Bancos Centrais do bloco. Lula esteve acompanhado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas.

De acordo com o discurso do presidente, o "Brasil segue de luto com o trágico conflito entre Israel e Palestina". O mandatário apontou que a violação cotidiana dos direitos humanos tem resultado na morte de milhares de civis inocentes. 

Embora já tenha proposto uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), esta foi a primeira vez que Lula mencionou um cessar-fogo.

Em outubro, durante reunião do Conselho da Federação, ele falou em "genocídio" durante comentário sobre o conflito entre o Estado sionista de Israel e o grupo Hamas: "O problema é que não é uma guerra, é genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com esta guerra, são vítimas desta guerra", declarou

Não sei como um ser humano é capaz de guerrear sabendo que o resultado desta guerra é a morte de inocentes.

Na reunião do G77, realizada durante a COP28 em Dubai, Lula retomou a abordagem sobre a guerra na Faixa de Gaza enquanto o grupo discutia sobre questões ambientais. Durante a conferência da ONU para as mudanças climáticas, a COP 28, ele fez um chamado pela "paz e pela sensatez para salvar o planeta, e não para o destruirmos em guerras".

O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, é praticamente um genocídio. Porque só de crianças são mais de 6 mil que foram mortas, além de milhares desaparecidas. Mulheres fazendo cesarianas para terem filhos antes de serem atingidas por uma bomba.