Os mais de 200 milhões de eleitores registrados nos EUA vão para as urnas no próximo dia 5 de novembro, ou seja, em praticamente um ano, para escolher entre Donald Trump e, provavelmente, Joe Biden. Ou será que não?
A vitória de Trump no partido Republicano está quase certa. A única opção que impede Trump pode ser a justiça. Caso seja impedido de concorrer com base no artigo 14 da Constituição dos EUA - que proíbe que participantes de rebeliões sejam candidatos à presidência -, o neofascista estaria de fora da corrida por conta do 6 de janeiro.
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Já Biden compete praticamente sozinho em sua corrida pela nominação democrata. A não ser que tudo mude nos próximos meses: o presidente tem demonstrado fraqueza política e popularidade baixa recentemente.
Com uma rejeição média de 55% no mês de outubro. Algumas pesquisas chegam a dar 60% de desaprovação para o atual presidente. Com a guerra em Israel - que é rejeitada pela maioria da população estadunidense - e o conflito irresoluto na Ucrânia, Biden fica sem vitórias internacionais para chamar de suas.
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Diversos sites de política estadunidense, como os especializados The Hill e Politico, têm noticiado uma crescente insatisfação dentro do Partido Democrata com Joe Biden. O atual presidente já havia prometido que não concorreria a uma reeleição, mas descumpriu a promessa e tenta empurrar com a barriga sua nomeação na Convenção Nacional do Partido Democrata no ano que vem.
E alguns enxergam a possibilidade e tentam endossar um renovação no partido: se nenhum dos nomes da política tradicional conseguem mobilizar o eleitorado, o nome de Michelle Obama começa a ecoar mais alto nas ruas do Capitólio.
A ex-primeira-dama já tinha sido cotada em 2020 como alternativa a Biden. Quatro anos depois, o fantasma volta à Casa Branca. E é reforçado pelas recentes críticas de Obama contra a atual administração.
Se Michelle Obama entrasse na corrida pelos candidatas democratas, ela ganharia com 48% contra 36% de Joe Biden, garantindo mais apoio entre as mulheres, as comunidades negras e até parte do eleitorado mais conservador estadunidense. A pesquisa foi feita pela Center Square Voters' Voice Poll e publicada em agosto.
Desde então, a popularidade de Biden vem caindo e a de Obama vem crescendo. O republicano Ted Cruz - que não é flor que se cheire - acredita que ela pode dar um "golpe" na Convenção Nacional dos Democratas. Ainda há três meses para o começo das primárias, em 3 de fevereiro de 2024 e, quem sabe, a família Obama pode superar a família Clinton.