Henry Kissinger foi um dos personagens mais polêmicos da geopolítica do século XX. O ex-secretário de Estado dos EUA morreu na noite desta quarta-feira (29), aos 100 anos, e para muita gente não deixará saudade.
A empresária, influenciadora e ex-atriz pornô Mia Khalifa, por exemplo, encontrou uma maneira inusitada de comemorar a morte de Kissinger. Ela ofereceu 29% de desconto em sua conta no Only Fans para quem usar o código da promoção “ByeBitch” (“Adeus, Vadia”).
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“Bom dia a todos, exceto Henry Kissinger. Porque ele finalmente está morto”, publicou Mia.
Há oito anos fora da indústria pornô, a empresária, cujo nome real é Sarah Joe Chamoun, lançou uma marca de joias. Libanesa, ela conta com mais de 27 milhões de seguidores no Instagram e quase 6 milhões no X/Twitter.
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Mia é apoiadora da Palestina e critica, com frequência, as ações de Israel de violação dos direitos humanos em Gaza e na Cisjordânia.
Ela se tornou mais conhecida no Brasil depois que seu nome foi mencionado inúmeras vezes na CPI da Covid, em 2021, em tom de brincadeira, depois que o senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS) reproduziu uma notícia falsa a respeito de uma suposta conspiração para atacar a cloroquina, remédio sem eficácia para a doença. Nas redes sociais, a postagem mentirosa mostrava a foto de Mia vestida de médica.
O fato viralizou na internet e a ex-atriz acabou topando a brincadeira, publicando uma montagem na qual ela prestava depoimento na CPI.
Quem foi Henry Kissinger
Henry Kissinger é frequentemente lembrado por seu papel em uma série de eventos controversos durante as décadas de 1960 e 1970. Nascido na Alemanha em 1923, Kissinger emigrou para os EUA em 1938 e rapidamente se estabeleceu como uma influente voz na política externa.
Sob a presidência de Richard Nixon, ele desempenhou um papel crucial em várias operações internacionais. Uma das mais notórias foi a extensão da Guerra do Vietnã para o Camboja e Laos. Sob sua orientação, os EUA intensificaram seus bombardeios nestes países, uma estratégia que gerou controvérsia e foi amplamente criticada por seu impacto humanitário.
Kissinger também esteve envolvido no controverso apoio dos EUA ao golpe de Estado no Chile em 1973, que derrubou o presidente democraticamente eleito Salvador Allende, levando à ascensão do regime autoritário de Augusto Pinochet. Esta ação foi parte de uma política mais ampla de apoio a regimes ditatoriais na América Latina alinhados aos interesses dos EUA, frequentemente à custa de direitos humanos e democracia.