Foi divulgada nesta sexta-feira (3), pelas autoridades de Gaza, após um acordo fechado entre Israel, Egito e o Hamas, uma terceira lista com 571 nomes de civis que poderão deixar o território. Nenhum deles é brasileiro.
No terceiro grupo autorizado a deixar o enclave há pessoas com cidadania nos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Indonésia, Alemanha e México.
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Foi divulgada uma primeira lista na quarta-feira (1º), com quase 500 nomes. No dia seguinte, foi autorizada a saída de 576 pessoas da Faixa de Gaza. Destas, 400 são americanas. Segundo o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, nenhum brasileiro foi autorizado a sair.
Ao todo, a Embaixada do Brasil na Palestina monitora a situação de 34 pessoas que querem deixar a região.
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Segundo o g1, os brasileiros que estão no enclave afirmam que estão aflitos com os bombardeios e também com as dificuldades na comunicação com parentes. A região também enfrenta escassez de água, alimentos e remédios.
Mais um dia triste
"Mais um dia triste, mas chegará a nossa vez", escreveu o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, em um grupo com os brasileiros que estão em Gaza.
O embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, afirmou que tudo depende de uma autorização das autoridades israelenses.
"Para o governo egípcio, segundo nos foi dito mais de uma vez, não há qualquer dificuldade para autorizar imediatamente a entrada dos brasileiros no Egito, no entendimento de que eles irão em seguida para o Brasil", afirmou.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que já está no Egito, deve ser usado para trazer o grupo de volta ao Brasil.
Os brasileiros que aguardam em Gaza afirmaram que o governo enviou um comunicado prometendo acolhimento com atendimento médico, assistência social e regularização migratória.
Não há previsão para quando os brasileiros serão autorizados a deixar a região.
Lula acompanha situação de perto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva monitora pessoalmente a situação dos cerca de 30 brasileiros que tentam sair de Gaza por terra, via fronteira do Egito.
Além de buscar contato direto com os presidentes de Israel e do Egito, ele passou a acompanhar por meio da chancelaria o andamento das expectativas sobre uma eventual saída do local.
Pressão de Biden
A imensa maioria de americanos retirados na primeira lista ocorreu após pressão pessoal do presidente Joe Biden. Ele postou na véspera, quando o acordo passou a valer com a saída de ao menos 320 pessoas de Gaza, que a decisão havia acontecido após sua gestão sobre as autoridades.
"Eu acho que nós precisamos de uma pausa. Uma pausa nos dá tempo para tirar os prisioneiros", afirmou Biden na noite de quarta (1º) ao responder a um apoiador que se disse rabino num comício de pré-campanha à reeleição. Ele se referia aos 240 reféns que o Hamas tomou, segundo Israel, há quase um mês. O grupo diz que 57 deles morreram em bombardeios de Tel Aviv.