Barcelona, na Espanha, se tornou a primeira cidade do mundo a romper relações com Israel devido à atuação do país na Faixa de Gaza. A decisão foi tomada pela Câmara Municipal da capital da Catalunha.
Os parlamentares decidiram “interromper as relações institucionais com o Governo de Israel até que haja um cessar-fogo definitivo e seja garantido o respeito pelos direitos básicos do povo palestino e o cumprimento das resoluções das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e Palestina”.
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A decisão foi tomada pelos partidos de esquerda Barcelona En Comu, da ex-prefeita Ada Colau; pelo Partido Socialista da Catalunha (PSC), do atual prefeito, Jaume Collboni, e pelo partido Esquerda Republicana da Catalunha.
O texto aprovado condena "qualquer punição coletiva, deslocamento forçado, destruição sistemática de casas e infraestrutura civil, bem como o bloqueio de energia, água, alimentos e suprimentos médicos para a população da Faixa de Gaza".
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Em resposta, a Embaixada de Israel na Espanha afirmou que condena “fortemente” a decisão. A comunidade judaica de Barcelona também rebateu, dizendo que a proposta “vai contra os judeus e Israel, não ajuda em nada” e denunciou “o antissemitismo e a falta de empatia que sofre”.
Cidade já havia suspendido com Israel
Em fevereiro de 2022, o ex-prefeito de Barcelona já havia rompida relações com Tel Aviv e Israel, declarando que a medida era uma retaliação pela ação do governo israelense e não uma reprovação contra “um povo, uma comunidade ou contra uma religião”. A atitude foi reprovada pelo PSC, que disse ser uma resolução “unilateral” e um “erro gravíssimo ”. Em setembro, Callboni assumiu a prefeitura e restabeleceu a ligação com o país.
Agora, em meio à guerra com o grupo extremista Hamas, a cidade voltou a cortar conexão com Israel.