Neste domingo (19), ocorrerá o segundo turno das eleições presidenciais da Argentina. Os hermanos se preparam para escolher entre o extremista Javier Milei (La Libertad Avanza) e o peronista Sergio Massa (Unión por la Patria).
Para chegar ao segundo turno, os argentinos passaram por um caminho diferente do que ocorreria no Brasil. Veja abaixo as principais diferenças entre as eleições dos dois países.
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Sistema de votação
Os argentinos não possuem urnas eletrônicas para depositarem seus votos como os brasileiros. Lá, assim como no Brasil, todos entre 18 e 70 anos são obrigados a votar, mas em cédulas de papel.
No dia da votação, que ocorre entre 8h e 18h, os eleitores apresentam um documento de identificação em sua seção eleitoral, onde recebem do mesário um envelope vazio. Depois, são direcionados a uma cabine, conhecida como “sala escura”. Lá, ele seleciona a cédula do candidato de sua a escolha, a coloca no envelope e o envelope na urna.
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Feito o processo, o eleitor assina o registro eleitoral e é liberado para ir para casa. Envelopes com irregularidades, como dois votos, são considerados nulos.
Porcentagem de votos
Na Argentina, para que um candidato vença ainda no primeiro turno, basta que atinja 45% dos votos válidos, ou 40% com 10 pontos percentuais de diferença do segundo colocado. Essa é uma das principais divergências do sistema argentino para o brasileiro, no qual, mesmo no primeiro turno, exige maioria simples para declarar um vencedor, isto é 50% dos votos mais um.
Se as eleições do Brasil fossem como na Argentina, em 2018, Jair Bolsonaro (PL) teria vencido ainda no primeiro turno, uma vez que atingiu 46% dos votos válidos.
Nem Massa nem Milei conseguiram votos suficientes para definir tudo no último dia 22, quando os votos do primeiro turno foram computados. Massa saiu na frente, com 36% dos votos. Milei ficou em segundo, com cerca de 30%.
Pelas regras então, um segundo turno deve ser realizado. Antes de poderem de fato disputar o segundo turno, os dois mais votados tiveram que “ratificar por escrito” à Junta Eleitoral Nacional a sua decisão de participar no segundo turno. Segundo o código eleitoral, se um não o fizesse, o outro seria declarado eleito.
Agora, o vencedor é aquele que atingir a maioria simples, 50% mais um voto.
A Argentina possui mais de 35 milhões de eleitores, segundo a sua Câmara Nacional Eleitoral. A previsão é de que, já no dia 19, eles descubram quem será seu novo presidente pelos próximos quatro anos.