"Estamos a minutos de morte iminente", disse o diretor do Hospital Shifa, Muhammad Abu Salmiya, à rede árabe Jazeera na manhã deste sábado.
Ele informou que todos os geradores do hospital, o maior de Gaza, ficaram sem óleo diesel e deixaram de funcionar.
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O hospital, com capacidade para 700 pacientes, abriga mais de 5 mil feridos, além de palestinos que decidiram se refugiar em suas instalações temendo bombardeios de Israel.
Um bebê prematuro e um jovem paciente que estava na Unidade de Terapia Intensiva morreram depois da queda da eletricidade.
Outros 39 bebês lutam pela vida, informou.
FRANCO ATIRADORES
De acordo com o médico, ninguém pode se movimentar dentro das instalações por causa da presença de franco atiradores de Israel que cercam o hospital.
Sempre segundo o médico informou, em ligação telefônica com a emissora, um funcionário do setor de engenharia do hospital levou um tiro no pescoço disparado por um franco atirador e está entre a vida e a morte.
Pessoas que tentaram fugir do hospital foram mortas do lado de fora.
Diante da falta de eletricidade e do risco de propagação de doenças, funcionários do hospital planejam fazer um enterro coletivo dos mortos que se acumulam em um pátio do próprio hospital.
De acordo com fontes palestinas, as Forças de Defesa de Israel (IDF) cercaram o entorno de vários hospitais e estão travando intensas batalhas com militantes do Hamas.
Israel diz que sob o Hospital Shifa fica o principal centro de comando e controle do Hamas, o que médicos negam.
O Hamas pediu que inspetores internacionais visitem o hospital para confirmar sua versão.
O vice-ministro da Saúde de Gaza, Youssef Abu al-Reesh, que está no hospital, disse que até os serviços internos de limpeza foram suspensos:
Há combates ferozes nas proximidades do hospital, a unidade de terapia intensiva recebeu um morteiro há poucos minutos… O sangue está por toda parte, no chão, não conseguimos nem limpar