Israel despejou 25 mil toneladas de explosivos em Gaza, o equivalente a quase duas bombas de Hiroshima, entre 7 de outubro e 2 de novembro.
O cálculo foi feito pelo Monitor de Direitos Humanos Euro-Med e publicado pela rede árabe Jazeera.
Em 6 de agosto de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos detonaram uma bomba batizada de "Menino Pequeno" sobre Hiroshima, no Japão.
A bomba, equivalente a 15 mil toneladas de TNT, matou de 70 a 126 mil civis.
De acordo com o centro de jornalismo investigativo da emissora, 16% de todos os prédios existentes em Gaza já foram destruídos.
Este número sobe para 28% na cidade de Gaza e 36% no norte do território, por onde começaram as incursões terrestres de Israel.
De acordo com análise dos diários New York Times e Guardian baseada em fontes militares, o ataque mais devastador de Israel até agora foi contra o campo de refugiados de Jabalia, onde foram identificadas duas crateras compatíveis com bombas de 900 quilos cada.
Uma bomba do tipo mata tudo o que estiver em um raio de 35 metros, sem contar os desabamentos eventualmente causados pela explosão.
LISTA CRUEL
De acordo com dados das Nações Unidas e do governo de Gaza, já foram atingidas:
222,000 unidades residenciais, sendo 40 mil totalmente destruídas; 278 instituições educacionais; 270 centros de saúde; 69 mesquitas e igrejas atingidas; 45 ambulâncias; 11 padarias
Todos os mísseis utilizados por Israel até agora são fornecidos pelos Estados Unidos. Eles vão da GBU-39, de 113 quilos, até a GBU 38, de 2.268 quilos.
A GBU 38 custa o equivalente a 700 mil reais e é fabricada pela Boeing.
Um cálculo conservador estima em U$ 2 bilhões os gastos de Israel só com o bombardeio de Gaza, o equivalente a R$ 9,8 bi pelo câmbio de hoje.
Isso inclui as bombas e as horas de vôo dos aviões de ataque de Israel, todos comprados nos Estados Unidos: F-15, F-16 e F-35.
Os fabricantes são as gigantes norte-americanas Lockheed Martin, Northrop Grumman, Boeing, McDonnell Douglas e a britânica BAE Systems, além de milhares de fornecedores da indústria armamentista.
Em 2020, as seis empresas do setor militar que ficaram na lista dos 20 maiores lobistas dos EUA gastaram mais de U$ 60 milhões para defender seus interesses.
Dos institutos de pesquisa que declaram a origem de seus recursos, 60% recebem contribuições da indústria armamentista.
Os EUA gastam grosseiramente U$ 1 trilhão por ano em atividades relacionadas ao complexo industrial-militar.
Here's another look at the destruction in #Gaza pic.twitter.com/raMBmdyI7P — AJ Labs (@ajlabs) November 9, 2023