Uma reviravolta no que se pensava conhecer até agora sobre a morte da artista, DJ e tatuadora germano-israelense Shani Louk, de 22 anos, pegou a todos de surpresa nesta terça-feira (31). Ela tornou-se símbolo mundial do horror perpetrado pelo grupo radical Hamas no ataque a uma rave realizada no deserto do Negev, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza, em 7 de outubro, ao aparecer num vídeo toda fraturada e ferida, na caçamba de uma picape, sendo agredida, xingada e cuspida por militantes do bando.
Durante os primeiros dias após o ocorrido, o paradeiro e o estado de Shani eram desconhecidos de todos. Presumia-se que, se estivesse viva, estaria em situação crítica, pois havia sinais de graves lesões ósseas em seu corpo e um ferimento sério na cabeça. Dias depois, sua família veio a público dizer que a jovem estava viva, feita refém na Faixa de Gaza, e que havia recebido a informação de fontes oficiais. A mãe, Ricarda Louk, clamava pelo seu resgate.
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Ontem (30), a família confirmou, através de uma entrevista concedida por uma tia à gigante da radiodifusão RTL, que Shani Louk estava morta e que tal conclusão foi tirada a partir de um exame de DNA feito num fragmento de crânio encontrado ainda no local da rave. Agora, após uma reportagem do jornal israelense Haaretz, repercutida pelo The New York Times, fica ainda mais claro que tudo que se acreditou até então estava fora da realidade.
De acordo com a matéria do periódico hebraico, a análise do osso foi realizada pelo Instituto Nacional de Medicina Forense de Israel e tomou como base um fragmento da base do crânio recolhido no perímetro da festa de música eletrônica. O pedaço de osso corresponderia a uma área do corpo que, se ferida por um disparo, certamente teria feito com que a jovem morresse instantaneamente.
Para os peritos, Shani foi arrastada já sem vida para a caçamba e no caminho até lá teria recebido os golpes brutais que fraturaram suas pernas e braços. “Presume-se que ela foi arrastada para aquela caminhonete depois de já estar morta... Talvez possa haver conforto ao pensar que ela morreu rapidamente e que o abuso contra seu corpo talvez tenha ocorrido quando ela já havia partido”, afirmou a tia da vítima.