Um cirurgião do Médicos sem Fronteiras teve de amputar o pé de um menino palestino de 9 anos no chão do hospital Dar al Shifa, em Gaza, com "sedação leve".
O anestesista segurou a boca aberta do menino para evitar que ele morresse asfixiado.
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A mãe e a irmã da criança acompanharam o atendimento no corredor do hospital, o maior de Gaza.
Funcionários receberam ordens de Israel para bater em retirada, mas se negaram.
Alegam que cuidam de bebês em incubadeiras e pacientes em estado grave, dependentes de respiradores, que não sobreviveriam a uma transferência para lugar incerto.
O hospital está funcionando com 150% de capacidade.
Tendas foram erguidas do lado de fora para improvisar leitos.
Quando os ataques de Israel acontecem e as ambulâncias chegam ao mesmo tempo com pacientes em estado grave, não há salas de cirurgia e as operações tem de ser feitas às pressas, de maneira improvisada.
Cerca de 50 mil pessoas se concentram nas imediações do hospital, acreditando que ficam menos suscetíveis a bombardeios de Israel.
O Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, já declarou o colapso do sistema de saúde do território.
Na nota explicativa, disse que os funcionários não conseguem voltar para a casa, as ruas estão intransitáveis para ambulâncias e a defesa civil não tem acesso, nem equipamento, para resgatar pessoas presas sob escombros.
Vários centros de saúde fecharam ou funcionam precariamente.
Suprimentos e medicamentos acabaram, a ponto de tratarmos muitos casos cirúrgicos sem anestesia, e há uma grande escassez principalmente no departamentos de ortopedia e falta de material para estabilizar fraturas, o que impede o pessoal de lidar com muitos casos
?? Atenção: imagem e relatos fortes!
#Gaza: equipes médicas estão operando em condições extremas.
Dr. Obeid, cirurgião de #MSF, relata atendimento dramático a uma criança que precisou passar por uma amputação no chão do Hospital Al-Shifa. pic.twitter.com/1NuS4TEPGy — MédicosSemFronteiras (@MSF_brasil) October 25, 2023