Em maio do ano passado, o exército de Israel assassinou a jornalista símbolo da Palestina, Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera.
Israel negou terminantemente o fato, alegando que a jornalista teria sido morta pelos próprio palestinos em ação.
Mas uma investigação da ONU garantiu o contrário:
Shireen Abu Akleh, repórter palestino-americana que cobria o conflito na Csijordânia, foi baleada no rosto enquanto acompanhava ação de soldados no local em maio deste ano. Morte, registrada em vídeo, gerou grande revolta e repercussão. Caso foi levado ao Tribunal Internacional de Haia.
Uma investigação feita pela agência de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu nesta sexta-feira (24/06/2022) que os tiros disparados contra a jornalista palestina Shireen Abu Akleh, da rede "Al Jazeera", partiram de forças israelense.
Não satisfeito, o governo de Israel resolveu abafar as críticas dos palestinos pelo assassinato e proibiu cânticos de lamento e bandeiras palestinas na cerimônia de sepultamento da jornalista em Jerusalém.
Como não foi atendido —afinal, todos têm o direito legítimo de prantear seus mortos de acordo com seus costumes e também de protestar contra um assassinato covarde—, Israel botou seus soldados para agredirem o cortejo fúnebre, quase derrubando o corpo da jornalista morta, profanando-o num quase segundo assassinato.
Ontem, após o criminoso ataque ao hospital Al Ahli Arab na faixa de Gaza, Israel também se exime de responsabilidade e culpa os palestinos pelo crime. Exatamente como fez quando da morte da jornalista.
Até quando se vai permitir que Israel cometa crimes continuados na Palestina sem um repúdio mundial?
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