O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou na manhã desta quarta-feira (18) no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, foi recebido com um abraço pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"Bem-vindo, presidente Biden", escreveu o premiê israelense na rede X, antigo Twitter, juntamente com uma foto com o presidente dos EUA.
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Antes de embarcar para Israel, Biden fez uma publicação na rede em que afirma estar "indignado e profundamente entristecido pela explosão no hospital Al Ahli Arab, em Gaza, e pela terrível perda de vidas que daí resultou".
"Imediatamente após ouvir esta notícia, falei com o rei Abdullah II da Jordânia e com o primeiro-ministro Netanyahu de Israel e orientei a minha equipe de segurança nacional a continuar a recolher informações sobre o que exatamente aconteceu", escreveu o presidente dos EUA.
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Netanyahu, por sua vez, compartilhou nas redes a versão das Forças de Defesa de Israel (IDF), que acusa a Jihad Islâmica pelo ataque ao hospital, que deixou ao menos 471 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
"Um lançamento fracassado de foguete pela organização terrorista Jihad Islâmica atingiu o hospital Al Ahli na cidade de Gaza", diz a publicação no perfil da IDF.
"O mundo inteiro deveria saber – foram os terroristas brutais em Gaza que atacaram o hospital em Gaza, e não as FDI. Quem mata brutalmente os nossos filhos também mata os seus próprios filhos", publicou no final da tarde desta terça Netanyahu na mesma rede.
Conselho de Segurança
O impasse diante da versão propagada por Israel - que chegou a publicar um vídeo fake para se eximir da responsabilidade sobre o ataque ao hospital - provocou dezenas de protestos no mundo e a questão será levada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na manhã desta quarta-feira.
O Brasil, que está na presidência rotativa do órgão neste mês de outubro, convocou a reunião de emergência a pedido dos Emirados Árabes, da Rússia e da China.
Antes, porém, o Conselho vai votar a proposta brasileira para um cessar-fogo humanitário em Gaza. A resolução apresentada por diplomatas do Brasil busca contentar tanto EUA, França e Reino Unido - que apoiam a ação de Israel, quanto China e Rússia - que condenam a proporcionalidade do que seria a reação do Estado sionista a civis palestinos.
Para conquistar os nove votos necessários e os cinco dos membros permanentes do Conselho - que têm poder de veto - a proposta brasileira condena os ataques da Al-Qassam, braço armado do Hamas, aos israelenses, e pede que as forças de defesa do Estado sionista façam uma trégua para entrada de ajuda humanitária na região.
Nesta terça, Lula conversou com os presidentes do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Erdogan, para buscar uma solução negociada para a guerra. O presidente brasileiro até o momento não se pronunciou sobre o ataque ao hospital localizado na Faixa de Gaza, que configura crime de guerra.