Viktoria Nasyrova, nascida na Rússia, mas moradora de Nova Iorque, avisou à amiga e sósia, Olga Tsvyk, que ia levar pra ela um “cheesecake famoso”.
"Ela me disse: 'Estou no Brooklyn agora. Quero trazer para você um cheesecake famoso de uma padaria famosa. ' Eu disse a ela, Viktoria, isso não é necessário, apenas venha'", disse Tsvyk.
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Tsvyk é uma estilista de cílios e testemunhou sobre o caso nesta segunda-feira (30). Segundo ela, Nasyrova chegou em sua casa no Queens em agosto de 2016, alegando que precisava de uma consulta de retoque de emergência.
Cerca de 20 minutos após comer os dois pedaços, Tsvyk começou a passar mal, antes de Nasyrova oferecer a ela uma terceira fatia. Segundo os promotores, o cheesecake estava misturada com o tranquilizante russo Phenazepan.
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"Procurei me deitar na cama", disse Tsvyk ao júri. "Percebi que estava perdendo a consciência e disse a ela: 'Vika, estou me sentindo muito mal'. Comecei a sentir muita náusea. Queria vomitar. Comecei a vomitar bem ao lado da minha cama no chão."
"Eu disse a ela: 'Vika, vou vomitar agora mesmo'. Ela disse: 'Não se preocupe com isso, vou limpar'. Lembro que ela foi ao banheiro e voltou", continuou Tsvyk.
Vestígios de DNA
O crime, no entanto, foi mal feito. A suspeita deixou evidências de DNA em toda a caixa de cheesecake.
"O DNA que estava naquele recipiente pertence a Viktoria Nasyrova", disse o promotor distrital assistente, Konstantinos Litourgis, aos jurados em suas declarações iniciais. "Então, além de tudo que você vai ouvir de testemunhas civis, você vai descobrir que há um recipiente de cheesecake que continha [tranquilizante] Phenazepam e também tinha o DNA do réu."
Além disso, ela falou sobre seus supostos crimes em entrevistas à mídia na prisão:
“Fizeram a ela esta pergunta específica … ‘Há uma mulher chamada Olga que se parece muito com você, que disse que você a envenenou com um pedaço de cheesecake para roubar sua identidade'”, prosseguiu Litourgis.
"Você sabe o que essa ré fez quando ela foi questionada? Ela sorriu. E você sabe qual foi a resposta dela? 'Posso dizer que conheço essa pessoa. Eu sei de quem você quer dizer. Eu não a forcei a comer o cheesecake'", prosseguiu o promotor.
Montou a cena
Os promotores afirmam que, logo após, Nasyrova roubou o passaporte, dinheiro e outros pertences de Tsvyk e tentou fazer o incidente parecer uma tentativa de suicídio, ao espalhar comprimidos pelo corpo da vítima.
"Tudo foi feito neste caso com muito cuidado e método por esta ré... ela não apenas envenenou Olga para se passar por ela... ela também montou uma cena no quarto para fazer com que parecesse suicídio", disse Litourgis ao júri.
Outra vítima
A promotoria pretende chamar para depor um homem que também afirma ter sido vítima da suspeita. De acordo com ele, Nasyrova o drogou depois que se conheceram em um site de namoro russo em 2016.
Litourgis diz que o homem comeu peixe e vegetais que ela preparou e acordou três dias depois em um hospital.
"Seus sintomas quase espelhavam os de Olga", disse Litourgis, observando que o relógio e o dinheiro do homem foram roubados.
Nasyrova pode pegar pena de até 25 anos de prisão, se for condenada. As acusações são de tentativa de homicídio, roubo entre outras.
Com informações da FoxNews