Em meio à tensão com Joe Biden envolvendo ameaças do uso de armas nucleares, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu cidadania russa ao ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA), Edward Snowden, que tornou públicos detalhes de vários programas que constituem o sistema de segurança global dos EUA no Wikileaks.
As autoridades norte-americanas lutam há anos para que o ex-analista seja extraditado para o país, por forma a ser julgado por espionagem.
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"De acordo com o parágrafo 'a' do artigo 89 da Constituição da Federação Russa, decido aceitar as seguintes pessoas na cidadania da Federação Russa: Edward Joseph Snowden, nascido em 21 de junho de 1983, nos Estados Unidos da América", diz um decreto assinado por Putin divulgado pela agência Sputnik.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que a cidadania russa foi concedida a Snowden a pedido.
O advogado russo de Snowden, Anatoly Kucherena, também destacou que, como seu cliente não serviu no exército russo, ele não deve ser convocado como parte da mobilização parcial em andamento no país.
De acordo com Kucherena, a esposa de Snowden também deve solicitar a cidadania russa.
Snowden vive na Rússia desde 2013, onde buscou asilo quando os Estados Unidos lhe retiraram o passaporte. Ele ganhou a ira do governo dos EUA depois de expor a extensão dos programas de vigilância administrados pela NSA.
Com o passaporte cassado enquanto viajava para a América do Sul, Snowden acabou preso por um mês no Aeroporto Internacional Sheremetyevo, em Moscou, até que o governo russo lhe concedeu asilo e, posteriormente, uma autorização de residência.