A denúncia de Edward Snowden sobre as atividades ilegais da NSA (Agência Nacional de Segurança) nos Estados Unidos e no mundo aconteceu em junho de 2013, mas somente nesta quarta-feira (2), sete anos depois, uma corte do país norte-americano tomou uma determinação a respeito.
A decisão foi tomada por três magistrados do Tribunal de Apelações do 9º Circuito e considerou que este órgão ligado à CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos), a partir das informações apresentadas pelo seu ex-funcionário, realmente realizou atividades ilegais.
O resultado foi fruto de processo que surgiu de uma iniciativa da ACLU (sigla em inglês da União Americana pelas Liberdades Civis) a favor de Snowden.
Os testemunhos de Edward Snowden foram a base de uma série de reportagens dos jornalistas Glenn Greenwald e Sarah Harrison, publicadas em 2013, que revelaram que a NSA centralizava toda uma organização para a prática de espionagem e vigilância globalizada, com capacidade de intromissão nos meios de comunicações de todo o mundo.
Os juízes entenderam que ao menos entre os anos de 2010 e 2015, o programa da NSA violou as leis de vigilância dos Estados Unidos, e também a 4ª Emenda da Constituição.
Em sua conta de Twitter, o ex-espião da NSA comemorou o resultado, dizendo que “há sete anos, fui acusado de ser um criminoso por dizer a verdade, e os que me acusaram acharam que eu não viveria para ver os tribunais americanos condenarem as atividades da NSA”.
Snowden também destacou que “o tribunal considerou o programa ilegal e ineficaz, e anulou os argumentos mais antigos em defesa das políticas de vigilância em massa. É uma grande vitória de nosso direito à privacidade”.