ATAQUE À DEMOCRACIA

Trump é considerado responsável por ataque ao Capitólio: "tentou destruir as instituições democráticas"

O comitê do Congresso que investiga a tentativa de golpe realizada em janeiro de 2020 também declarou que o ex-presidente "abriu caminho para a corrupção"

Trump é considerado responsável por ataque ao Capitólio: "tentou destruir as instituições democráticas".Créditos: Casa Branca
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O comitê do Congresso estadunidense considerou nesta quinta-feira (21) que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, como responsável pela invasão ao Capitólio. Bennie Thompson, presidente da frente que investiga o caso, declarou que o republicano "abriu caminho para a anarquia e corrupção" e que "tentou destruir" instituições democráticas do país. 

Bennie Thompson também afirmou que Donald Trump deve prestar contas pelo ataque ao Capitólio, realizado no dia 6 de janeiro, de 2021. 

O congressista afirmou que, além de Trump, todos os responsáveis pelo ataque, inclusive na Casa Branca, "terão que responder por seus atos perante a Justiça. Isso terá sérias consequências, caso contrário, temo que nossa democracia não se recupere". 

Para a Comissão, o ex-presidente Donald Trump falhou em sua missão ao não fazer nada para impedir que os seus apoiadores fossem adiante no ataque ao Capitólio. 

Por meio de seu perfil no Twitter, o ex-presidente convocou os seus apoiadores rumarem a Washington no dia da certificação da vitória de Joe Biden (Democratas). Também conclamou para que os seus apoiadores "lutassem como o inferno" contra uma suposta "fraude eleitoral maciça". 

Ao mesmo tempo em que inflamava os seus apoiadores a invadirem o Capitólio, Trump retornou à Casa Branca e somente três horas depois, quando os seus apoiadores já haviam invadido o Capitólio, é que ele ordenou para deixassem o local, símbolo do sistema democrático dos EUA. 

"Eu entendo sua dor. Mas vocês têm que voltar pra casa agora", declarou Trump pelo Twitter. Para a Comissão, está claro que Trump se negou a agir. 

 

Próximos passos da investigação 

 

Os próximos a testemunharem na Comissão que investiga a invasão ao Capitólio são Matthew Pottinger, que serviu no Conselho de Segurança Nacional, e a ex-secretária adjunta de imprensa da Casa Branca Sarah Matthews que deverão relatar os bastidores daquele dia. Os dois renunciaram após 6 de janeiro. 

Além disso, a Comissão deve tratar dos esforços de alguns assessores para que Trump, no momento em que ocorria a invasão, denunciasse a violência no Capitólio por meio de um vídeo. 

Após o término do trabalho da Comissão, um relatório com possíveis recomendações criminais devem ser encaminhado ao Departamento de Justiça e ficará a cargo do procurador-geral Merrick Garland decidir se Trump e todos os outros envolvidos devem ser processados por tentar reverter os resultados das eleições de 2020.

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