John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos durante o governo Donald Trump, cometeu um ato de sincericídio durante entrevista concedida à CNN nesta terça-feira (12) e admitiu que já participou da organização de golpes de Estado.
Ao ser questionado pelo jornalista Jake Tapper sobre a participação de Trump e uma tentativa de golpe no episódio da invasão do Capitólio, Bolton acabou se entregando. Tapper disse que uma pessoa não precisa ser muito inteligente para arquitetar um golpe, o que incomodou o ex-conselheiro estadunidense - que já atuou também nas administrações Ronald Reagan e George H. W. Bush.
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“Não concordo. Como alguém que ajudou a planejar golpes de Estado, não aqui, mas, você sabe, outros lugares, isso dá muito trabalho. Não foi isso o que ele [Trump] fez”, declarou.
Trump foi acusado por comitê do Congresso de ter planejado e estimulado marcha golpista que terminou com a tomada do Capitólio.
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Questionado por Tapper sobre quais golpes participou, Bolton desconversou. Perguntado mais diretamente sobre a Venezuela, Bolson disse o seguinte: "Não foi bem sucedido. Não que nós tivéssemos muito a ver com isso, mas eu vi o trabalho que deu para a oposição tentar tirar do poder um presidente eleito de maneira ilegal e falhar"
No livro The Room Where It Happened: A White House Memoir (A sala onde aconteceu: memórias da Casa Branca), lançado por Bolton em 2020, o ex-assessor tratou sobre alguns dos planos golpistas do ex-presidente. Trump enxergava a Venezuela como parte do território estadunidense.
"Trump insistiu que ele queria opções militares para a Venezuela e então tomá-la porque 'ela realmente faz parte dos Estados Unidos'", diz trecho da publicação.
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