Guillermo Lasso, presidente do Equador, decretou estado de emergência nas províncias de Pichincha (onde se localiza a capital Quito), Imbabura e Cotopaxi. O país vive uma intensa onda de protestos, liderada por grupos indígenas, contra o preço dos combustíveis.
O estado de emergência, com duração inicial de 30 dias, autoriza o presidente a suspender direitos dos cidadãos, decretar toque de recolher e usar Forças Armadas para conter protestos.
Além disso, o decreto determina a restrição do “direito à liberdade”. Na prática, permite que o governo exija de provedores que operam redes públicas de telecomunicações que suspendam os serviços.
“Prometo defender a nossa capital e defender o país, o que me obriga a declarar estado de emergência”, afirmou Lasso, em pronunciamento para a televisão equatoriana.
Os protestos começaram na segunda-feira (13). As manifestações foram convocadas pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), a mais importante organização indígena do país.
Veja outras reivindicações dos manifestantes:
Os manifestantes reivindicam, além da queda no preço dos combustíveis, renegociação das dívidas de trabalhadores rurais com bancos, geração de empregos e menos concessões para a exploração mineral em territórios indígenas, de acordo com a Folha de S.Paulo.
Para tentar controlar a situação, Lasso aumentou o valor do auxílio econômico para famílias de baixa renda em US$ 5 (R$ 25) e perdoou dívidas de empréstimos de até US$ 3 mil (R$ 15,5 mil) junto ao banco estadual de desenvolvimento produtivo.