Gustavo Petro enfrenta neste domingo (19) o candidato de extrema direita, Rodolfo Hernández, numa disputa acirrada, voto a voto. O segundo turno da eleição colombiana pode criar um novo modelo de governo sem os partidos tradicionais e, se a esquerda vencer, um novo modelo econômico.
A eventual vitória do ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá (2012-2015), Gustavo Petro, de 62 anos, levaria a esquerda à Presidência pela primeira vez no país, governado pela direita e extrema direita em aliança e subordinação aos Estados Unidos.
Te podría interesar
Seu adversário é Rodolfo Hernández, ex-prefeito de Bucaramanga (2016-2019), uma cidade de médio porte no Nordeste do país, perto da fronteira com a Venezuela. Hernández, de extrema direita, repete o discurso “contra a política” que é padrão na direita radical em todo o planeta, tendo Donald Trump como referência.
As pesquisas de intenção de voto indicam um empate técnico. Nas últimas três semanas, desde o primeiro turno em 29 de maio, as sondagens apontam para um cenário de empate, alternando Gustavo Petro e Rodolfo Hernández na liderança.
Pesquisa da consultora Invamer, publicada uma semana atrás, aponta Hernández como vencedor com 48,2% dos votos, apenas 1 ponto a mais do que Gustavo Petro. Outra pesquisa colocou Petro em primeiro lugar, do Instituto Yanhaas, em 11 de junho; nela, o candidato de esquerda aparece com 45%, e Hernández com 35%.
Num país onde o voto não é obrigatório, Gustavo Petro ganhou no primeiro turno com 40,3% dos votos enquanto Rodolfo Hernández ficou com 28,1%.
Na quarta-feira (15), o Tribunal Superior de Bogotá ordenou que os dois candidatos debatessem pelo menos uma vez antes do pleito. No dia seguinte, Rodolfo Hernández disse que acataria a liminar, mas colocou uma série de condições, como os assuntos a serem debatidos de tal maneira que não houve debate entre eles.
Com informações de Márcio Resende, da RFI.