Aumenta ainda mais o isolamento internacional do Brasil. O país estará fora da próxima reunião do G7, clube dos sete países mais ricos do mundo, que será realizada em Schloss Elmau, na Alemanha, entre os dias 26 e 28 deste mês. A Argentina foi o único país da América Latina convidado pelo chanceler Olaf Scholz e teve o chamado aprovado pelo Bundestag, o parlamento alemão. África do Sul, Índia, Indonésia e Senegal foram os outros convidados pelos anfitriões.
O desprezo dispensado ao Brasil governado pelo extremista Jair Bolsonaro e sua agenda de pautas e posturas incivilizadas vem legando à nação, que tinha um dos corpos diplomáticos mais respeitados do mundo, um esquecimento doloroso e constrangedor. No primeiro ano de governo do líder brasileiro de extrema-direita, 2019, o encontro do G7 foi em Biarritz, na França, e o país também foi deixado de fora, da mesma forma que na cúpula seguinte, em Cornwall, no Reino Unido, 2021. O encontro de 2020, que seria em Camp David, nos EUA, precisou ser cancelado por conta da pandemia.
Embora não exista um critério claro para convidar nações de fora do G7, o país anfitrião, responsável por chamar os Estados convidados para a cimeira, considera normalmente o papel de destaque na comunidade internacional dessas nações. Com o isolamento total do Brasil no cenário mundial e suas políticas radicais e conflituosas adotadas a partir da chegada de Bolsonaro ao poder, cada vez mais as autoridades de Brasília vêm sendo deixadas de fora de qualquer encontro multilateral. Desta vez, caberá ao presidente Alberto Fernández representar a região na confraria dos países ricos.