O presidente dos EUA, Joe Biden, teria dado aval para a difusão de um texto produzido por um ex-diplomata norte-americano que fala sobre o risco real de um golpe de Estado no Brasil desfechado por Jair Bolsonaro, o mandatário de extrema direita que vem dando claros sinais de que tumultuará as eleições de outubro e que cada vez mais se pendura em militares para tentar se manter no poder.
Scott Hamilton, que foi cônsul no Rio de Janeiro de 2018 a 2021, escreveu um artigo que trata da empreitada golpista do atual presidente brasileiro e o publicou no diário carioca O Globo em 29 de abril. No texto, agora avalizado pela Casa Branca, ele orienta a administração de Biden a advertir Bolsonaro para as consequências de tentar interromper a democracia no país.
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Segundo Thomas Traumann, jornalista autor da matéria publicada pela Veja, executivos de multinacionais estadunidenses que mantêm negócios no Brasil já estariam recebendo o artigo de Hamilton, com claras diretrizes sobre futuras sanções que seriam adotadas contra o país no caso de o presidente extremista levar a cabo sua aventura golpista.
O que corroborou a posição dos EUA em relação à reprimenda dada em Bolsonaro, no mesmo sentido, é a reportagem publicada pela Agência Reuters na última quinta-feira (5) revelando que, durante a visita do diretor da CIA, Willian Burns, em 2021, o emissário norte-americano alertou aos generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, que são parte do núcleo duro da política bolsonarista, de que o governo do qual fazem parte deveria parar de criticar o sistema eleitoral do país, sobre o qual não recaem quais dúvidas quanto à sua lisura.