A Lufthansa, empresa aérea alemã, divulgou comunicado nesta terça-feira (10) com um pedido de desculpas por ter barrado cerca de 170 judeus de um voo que partiu do aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, com destino a Budapeste, capital da Hungria, na última quarta-feira (4), A tentativa de retratação veio após inúmeras acusações de que a companhia foi antissemita e racista.
O veto ao embarque do grupo de judeus ortodoxos teria ocorrido devido a um problema registrado na primeira etapa do trajeto, de Nova York (EUA) a Frankfurt, quando alguns deles se recusaram a usar a máscara modelo PFF2, exigência da empresa. Relatos dão conta de que apenas um casal se recusou a usar a máscara, mas todo o grupo de judeus acabou impedido de embarcar no voo seguinte.
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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma suposta supervisora da Lufthansa dizendo: "O povo judeu que foi a bagunça, que criou os problemas". Nas imagens, é possível ver que um dos homens judeus que tentava embarcar rebate a funcionária. "Eu estava usando uma máscara o tempo todo, por que estou com eles [sendo barrado]?".A mulher da empresa, por sua vez, responde que "todos têm que pagar", mas apenas os judeus.
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Empresa acusada de antissemitismo
À agência de notícias alemã Deutsche Welle, o comissário de antissemitismo do estado de Hesse, onde fica a cidade de Frankfurt, Uwe Becker, considerou a atitude da Lufthansa em barrar os judeus do voo como discriminatória.
"Isso é discriminação, e não uma questão trivial qualquer, motivo pelo qual os administradores do alto escalão da empresa deveriam se sentir pessoalmente responsáveis por se desculparem pelo incidente e tomar uma posição clara e inequívoca", disse.
Lufthansa pede desculpas
Em nota, a Lufthansa reconheceu o erro e pediu "sinceras desculpas" pelo "incidente". “Pedimos desculpas a todos os passageiros impossibilitados de viajar neste voo, não só pelo transtorno, mas também pela ofensa causada e pelo impacto pessoal”, diz um trecho do comunicado.
“Vamos falar com os passageiros afetados para entender melhor suas preocupações e discutir abertamente como podemos melhorar nosso atendimento ao cliente. Temos tolerância zero com racismo, antissemitismo e discriminação de qualquer tipo”, afirma ainda a empresa.
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