Era uma tarde normal no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, capital de Israel, até que uma família de turistas norte-americanos chegou para embarcar de volta para os EUA, na quinta-feira (28). Ao passarem pelo raio-x, as autoridades israelenses, que têm fama de serem as mais criteriosas do mundo com questões de segurança por conta do histórico de conflitos do país com os povos e nações árabes vizinhas, perceberam algo de errado na bagagem.
O pai carregava uma enorme munição de artilharia, espécie de bala de revólver do tamanho de um tijolo, enrolada numa sacola. O explosivo teria sido encontrado pelo filho adolescente dele, durante um passeio pela região das Colinas de Golã, palco de intensos conflitos durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, que fez com que os militares do Estado judeu instalassem minas, arames farpados e outros dispositivos à época.
A munição parecia antiga e estava bem enferrujada. O turista, então, resolveu levá-la para casa como recordação, o que obviamente não foi uma boa ideia, já que ele acabou preso. Mas esse não foi o grande problema causado pela iniciativa incomum e audaciosa (ou estúpida) de tentar entrar com um explosivo num voo na vigiadíssima Israel.
Os agentes de segurança do aeroporto dispararam um alarme de emergência e pediram para que o saguão lotado fosse esvaziado, já que um artefato perigoso havia sido encontrado. Como era de se esperar, a reação do público foi inversamente contrária e um tremendo furdunço se instalou no local, com centenas de pessoas desesperadas correndo, se jogando no chão, se escondendo embaixo de mesas e balcões de check-in. Um homem acabou quebrando a perna depois de tentar correr alucinado por cima de uma esteira mecânica de bagagens.
Veja a cena: