Durante o seu discurso de vitória, o presidente reeleito da França, Emmanuel Macron (Em Marcha!), afirmou que entendeu o recado do eleitorado e disse ter ciência que boa parte daqueles que votaram em sua chapa o fizeram para impedir a chegada da extrema direita, representada pela candidata derrotada Marine Le Pen (Assembleia Nacional), ao poder.
"Eu sei que muitos votaram para mim não por apoiar minhas ideias e sim para barrar a extrema direita. Quero agradecê-los e dizer que tenho consciência do que esse voto representa para os próximos anos", disse Macron.
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Ao som da Marselhesa, hino da França, Emmanuel Macron declarou que os franceses optaram por um projeto humanista ao lhe darem um novo mandato. O presidente francês recebeu 58% dos votos. Marine Le Pen, por sua vez, teve 41,8%.
"Vocês escolheram hoje um projeto humanista e ambicioso para a independência do nosso país e pela nossa Europa. Um projeto republicano em seus valores, social e ecológico, baseado no trabalho e na criação", prometeu.
O presidente da França também prometeu, a partir do seu segundo mandato, fazer da França "uma grande nação ecológica" e versou sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia. "O mundo atravessa tempos trágicos, onde a França tem que mostrar clareza de suas escolhas. E faremos isso", disse.
Abstenção histórica
O segundo turno da eleição presidencial francesa revelou uma profunda rejeição entre o eleitorado mais jovem que, no primeiro turno, votou em massa no candidato da esquerda, Jean-Luc Mélenchon (França Insubmissa).
O primeiro turno da eleição francesa registrou 27,8% e o segundo 29,8%, o nível mais elevado em um segundo turno desde 1969.