As primeiras apurações eleitorais indicam a vitória do centrista Emmanuel Macron neste domingo (24), contra a extremista de direita Marine Le Pen no segundo turno da eleição presidencial francesa. Segundo as primeiras apurações do Instituto Ipsos – baseadas em amostras dos primeiros boletins eleitorais – Macron vence o pleito com cerca de 58,2% dos votos. Marine Le Pen recebeu 41,8% dos votos.
Os números são estimativas calculadas a partir dos resultados das seções eleitorais que encerraram a votação às 19h. Nas grandes cidades, a votação continuou por mais uma hora. O resultado final deve ser divulgado até o final deste domingo. Após a divulgação da projeção, Le Pen admitiu a derrota em discurso a apoiadores.
A última pesquisa divulgada antes da decisão, na sexta (22), já mostrava Macron com 57% das intenções de voto, contra 43% da candidata da extrema direita.
Lula declarou apoio à Macron
Em uma sequência de tuites publicados na tarde da última quinta-feira (21), o ex-presidente Lula (PT) se uniu a diversos líderes políticos da Europa e declarou apoio à reeleição de Emmanuel Macron. "É fundamental derrotar a extrema direita e sua mensagem de ódio e preconceito. Isso é o que os democratas de todas as convicções ao redor do mundo querem e esperam", escreveu Lula em francês.
Alinhado a lideranças progressistas da Europa, como o alemão Olaf Scholz, o espanhol Pedro Sánchez e o português António Costa, que manifestaram o apoio a Macron em artigo no jornal Le Monde nesta quinta, Lula afirma que "o futuro da democracia está em jogo na Europa e no mundo. Neste momento chave, confio na união dos defensores da liberdade, igualdade e direitos humanos em torno do candidato que melhor encarna os valores democráticos e humanistas: Emmanuel Macron."
Em atitude inédita, os três líderes europeus declaram no artigo que "a escolha que o povo francês enfrenta é crucial para a França e para todos nós na Europa".
"É a escolha entre um candidato democrático que acredita que a França é mais forte em uma União Europeia poderosa e autônoma, e uma candidata da extrema direita, que se coloca abertamente ao lado daqueles que atacam nossa liberdade e democracia", declaram os três chefes de governo, sem nomear os adversários.
No texto, os primeiros-ministros dizem que "populistas e a extrema direita em nossos países fizeram de Vladimir Putin um modelo ideológico e político, ecoando suas reivindicações nacionalistas. Eles copiaram seus ataques às minorias e à diversidade. Eles compartilham seu sonho de uma nação uniforme. Não devemos esquecer isto, mesmo que estes políticos estejam agora tentando se distanciar do agressor russo".
Reportagem em atualização