Um crime misterioso e até agora sem respostas assusta Nova York desde sábado (16). Orsolya Gaal, de 51 anos, era casada e tinha dois filhos adolescentes. No último fim de semana, a moradora do Queens saiu para assistir a um show no famoso Lincoln Center, próximo ao Central Park, e voltou para casa sozinha.
Ao chegar de volta ao Queens, ela parou num bar e ficou aproximadamente 40 minutos tomando uma bebida e olhando o celular, segundo a polícia, com um comportamento como o de quem espera por alguém. Só que ninguém apareceu, como mostram as imagens de câmeras de segurança do estabelecimento. Orsolya, então, foi embora de vez para sua residência.
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Horas depois, já na manhã seguinte, ela foi encontrada dentro de uma mala esportiva grande, de carregar artigos de hóquei, morta a facadas, numa calçada de Forest Hills, uma área nobre, arborizada, pacata e residencial do Queens.
Como a vítima teve uma forte hemorragia, um rastro de sangue saindo da mala, de aproximadamente 800 metros, levava até a porta da casa de Orsolya, um confortável e amplo imóvel de época, com jardins imponentes. Ao ingressar na residência os investigadores não tiveram mais dúvidas sobre o local onde o crime havia sido consumado, já que havia muito sangue nos cômodos.
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Vizinhos informaram que o filho mais novo dela, de 13 anos, tinha sido preso pelos agentes e levado numa viatura algemado. Horas depois o garoto foi liberado e o Departamento de Polícia de Nova York confirmou que ele tinha sido ouvido como envolvido no caso, mas que foi solto por não ter sido estabelecida nenhuma participação dele no assassinato da mãe.
Orsolya era casada, mas o marido, Howard Klein, e o filho mais velho, de 17 anos, estavam em viagem a Portland, no Oregon, do outro lado dos EUA. O viúvo chegou a dar entrevista por telefone rapidamente para o jornal New York Post, na qual informou que estava tentando um voo urgente de volta para casa. Questionado sobre a ida do caçula à delegacia para ser ouvido, Klein disse que aquele era um momento difícil e que o adolescente precisava de proteção, já que a família estava sob risco e tinha recebido uma ameaça.
De fato. As autoridades informaram que uma mensagem foi deixada pelo assassino, direcionada nominalmente ao marido de Orsolya, que dizia “toda a sua família serão os próximos”, embora os agentes não tenham explicado de que maneira a ameaça foi feita.
Imagens do circuito de segurança de residências próximas mostram uma pessoa arrastando a mochila, mas a qualidade das imagens não permite notar se o criminoso é um homem, uma mulher, adolescente ou adulto. De acordo com experientes investigadores do Departamento de Polícia de Nova York, as informações obtidas até agora e os contornos do trágico caso fazem presumir que a mulher encontrou alguém em algum momento após a ida ao bar, e que possivelmente foi um homem.
Eles acreditam também que as razões para o cometimento do assassinato eram estritamente pessoais, talvez passionais, descartando um crime patrimonial, por exemplo. A conclusão preliminar foi tirada por conta da violência extrema empregada pelo executor, que deu mais de 60 golpes de faca no pescoço, tórax, braços e mão, que possivelmente foram resultado de uma tentativa de se proteger por parte de Orsolya.