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EUA devem reagir se Bolsonaro recusar derrota, diz ex-secretário de Obama

Principal nome do governo Obama se diz otimista sobre o futuro da democracia com o fortalecimento das instituições.

Arturo ValenzuelaCréditos: reprodução Arquivo São Paulo / Portal Uol
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O diplomata americano Arturo Valenzuela afirmou que em uma  tentativa de recusa por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) em aceitar uma eventual derrota nas urnas - o gesto será será levado muito a sério, por países como os Estados Unidos, segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (13). 

"É preciso haver um esforço constante para fortalecer as instituições. Há certa fragmentação das forças políticas no mundo, falta coesão, mas estou confiante de que vamos ver forças se unindo —e será o caso do Brasil também", avalia.

Valenzuela, 78, foi o principal nome do Departamento de Estado para a América Latina no início do governo Barack Obama e colaborou na campanha do atual presidente, Joe Biden. Hoje, é professor emérito da universidade Georgetown. O ex-secretário participa nesta quarta (13), de um debate virtual sobre as relações entre EUA e Brasil do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). 

Segundo o diplomata, a relação entre EUA e Brasil tem sido "muito forte recentemente" pois "envolve comércio, investimento, tecnologia, mudança climática, educação. A longo prazo, continuará a haver uma relação forte, os dois países têm muita coisa em jogo.  O fato de o Brasil comprar fertilizantes da Rússia não se compara com os investimentos extraordinários que o setor privado dos EUA tem no Brasil em uma ampla variedade de áreas" comparou.

Arturo Valenzuela também criticou o posicionamento brasileiro em relação a votação que suspendeu Rússia do Conselho de Diretos Humanos da ONU. 

"Estamos encarando um momento crítico, no qual você não pode usar um argumento como "bem, veja, precisamos proteger a importação de fertilizantes". Isso inclui o que tem acontecido na ONU, onde a ampla maioria dos países decidiu que era preciso suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos" [sic]. E emendou: "Uma das preocupações no mundo hoje é o avanço de líderes autoritários e populistas, de esquerda ou de direita. É muito revelador que os dois maiores países da América Latina, México e Brasil, se abstiveram na votação para suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU". 

Leia a reportagem completa da Folha

 

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