O bispo Honorilton Gonçalves, ex-vice-presidente da TV Record no Brasil e líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, foi condenado no país africano a três anos de prisão por violência doméstica. O bispo impôs a religiosos locais que fizessem vasectomias.
Ele terá ainda que pagar indenização de 30 milhões de kwanzas (R$ 313 mil) ao religioso Alfredo Faustino, e 15 milhões de kwanzas (R$ 156 mil) a Jimy Inácio, que teriam sido vítimas de violência doméstica e pressão psicológica.
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Segundo o líder da ala angolana da Universal, bispo Valente Luís, hoje considerado o presidente da instituição no país, os pastores eram obrigados a se submeter à vasectomia.
"Há muitos pastores que não estão de acordo com esta cirurgia. Mas, na direção da igreja, sabemos que, quando o pastor não faz a vasectomia, é discriminado", afirmou ele.
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Acusado por mais de 300 bispos
Pastores afirmam que quem não aceitava fazer o procedimento era transferido para igrejas menores, com pequeno número de fiéis, ou até, às vezes, tinham seu salário reduzido. No Brasil, a Universal tem sido alvo de processos pelo mesmo motivo e já perdeu ações. A igreja sempre negou essas denúncias.
As acusações foram subscritas por mais de 300 bispos e pastores angolanos. Em junho de 2020, 330 bispos e pastores romperam com a direção brasileira da Universal e assumiram o controle da instituição religiosa no país.
Procurada para comentar o resultado do julgamento e as acusações, a Universal ainda não se manifestou, embora tenha recebido as perguntas.
Com informações do UOL