O Ministério Público de Angola pediu na noite desta quinta-feira (17) a condenação de quatro bispos e ex-dirigentes da Igreja Universal que atuavam no país africano.
Os bispos são acusados de formação de quadrilha internacional, lavagem de dinheiro e contrabando de divisas. Em 2019, o chamado "grupo brasileiro" de líderes da Universal foi destituído e os angolanos assumiram o controle da Universal.
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Após a destituição do grupo brasileiro do controle da Universal, a TV Record foi fechada e não é mais transmitida em Angola.
Além do fim da transmissão da Record, as autoridades angolanas, ao longo de 2020, fecharam uma série de templos no país, mais de 50 pastores e bispos foram expulsos e estão proibidos de retornar para Angola.
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A Igreja Universal se defende e afirma que é vítima de "perseguição religiosa" e que o Ministério Público de Angola age com "parcialidade e preconceito".
De acordo com informações do UOL, os quatro religiosos da Universal que estão no banco de réus são: Honorilton Gonçalves (ex-diretor da Record angolana), Antonio Miguel Ferraz, Belo Kifua Miguel e Fernando Henrique Teixeira. A decisão final da Justiça Angolana deve ocorrer até o dia 10 de março.
Evasão de divisas
Os líderes da Universal em Angola são acusados de evadir enormes quantias do país. A estimativa era de que ao menos US$ 10 milhões era tirados de Angola mensalmente.
O dinheiro era enviado a um suposto esquema complexo de diferentes rotas, que incluiria outros países africanos e da América Latina. O destino do dinheiro seria o Brasil.
"Violação da liberdade religiosa"
Em nota, a Universal "lamenta profundamente que sua imagem, seus membros, obreiros, pastores e bispos estejam sendo manchados, sem possibilidade de defesa".
A igreja afirma que está recorrendo e que considera as ações da Justiça de Angola "arbitrárias" e "violação da liberdade religiosa".
Com informações do UOL e Notícias ao Minuto