Um piloto ainda não identificado, que conduzia uma aeronave da Pobeda, uma subsidiária da empresa estatal russa Aeroflot, na rota entre Moscou e Antália, na Turquia, pegou o aparelho de comunicação da cabine utilizado para falar com os passageiros e fez um protesto contra a guerra na Ucrânia, assim que o avião tocou o solo na cidade turca.
"Estimados clientes, aqui quem fala é seu capitão. Só falo em meu nome, não como representante da companhia aérea. Penso que a guerra na Ucrânia é um crime”, disse o piloto, primeiro em russo e depois em inglês, quando então passou a ser aplaudido por parte das pessoas.
Ele seguiu com o protesto: "Não devemos continuar com essa guerra, devemos pará-la imediatamente. Não apoiem esse derramamento de sangue. Obrigado por sua atenção", concluiu o aviador russo.
No entanto, a atitude do piloto da Aeroflot, de garantir sua liberdade de expressão sobre um assunto referente ao seu país, pode lhe custar caro. A Rússia vem endurecendo as medidas, de forma autoritária, contra a população em geral e jornalistas que usam os termos “guerra” ou “invasão”, prendendo inclusive dezenas de milhares de pessoas em todo o território por participarem de protestos contra a campanha na Ucrânia, incluindo crianças.
Veja o vídeo: