A Rússia ameaçou diretamente a Finlândia e a Suécia nesta sexta-feira (25) depois que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky agradeceu nas redes sociais ajuda em dinheiro e “em assistência militar” vinda dos dois países do extremo norte da Europa, que não são membros da Otan.
“A Finlândia e a Suécia não devem usar política de segurança prejudicando a segurança de outros países. Claramente a adesão da Finlândia e da Suécia à Otan, que é antes de tudo uma aliança militar, teria sérias repercussões político-militares que exigiriam uma resposta de nosso país”, disse Maria Zakharova, da chancelaria russa, em entrevista coletiva em Moscou.
Te podría interesar
O recado ainda teve um complemento, que veio horas depois por meio de uma nota publicada nas redes sociais do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, que “lembrou” à Finlândia da importância de se manter neutra em questões de conflitos bélicos.
"Nós consideramos a posição do governo finlandês de manter uma política militar de não alinhamento como um fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no Norte da Europa”, disse o comunicado.
Te podría interesar
Finlândia e Suécia não integrantes da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), a aliança militar ocidental criada em 1949 para se contrapor à União Soviética. No entanto, a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, andou dizendo que seria possível uma adesão ao grupo caso julgasse que a “questão da segurança nacional” estivesse ameaçada. A partir daí, a Rússia, uma histórica influenciadora dos rumos políticos na Finlândia, passou a dirigir alertas ao governo de Helsinque, culminando com a ameaça direta desta sexta (25).