O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, declarou nesta quinta-feira (24) que o seu país se opõe a qualquer ato de incitação à guerra e que, ao longo das tensões diplomáticas entre EUA e Rússia, tentou dissuadir ambos os lados.
Porém, Hua Chunying também declarou à imprensa que a China observou o fato de que os Estados Unidos enviaram, pelo menos, US$ 1,5 bilhão de dólares e mais de mil toneladas de armas e munições para a Ucrânia.
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"Naquela época, se todas as partes tivessem promovido negociações de paz, revisto o contexto histórico da questão da Ucrânia, respeitado e acomodado as preocupações de segurança umas das outras e resolvido a questão de maneira razoável e adequada para um pouso suave da situação, o que estaria acontecendo agora?" perguntou Hua.
A representante do governo chinês também declarou que o momento pede que o culpado pelas tensões "apague o fogo" o mais rápido possível com ações concretas, em vez de culpar os outros.
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Mentalidade da Guerra Fria deve ser abandonada
O conselheiro do Estado chinês e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Ao ministro da China, Lavrov declarou que o seu país foi obrigado a tomar medidas extremas, pois, os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) quebraram seus compromissos, expandiram continuamente para o leste e se recusaram a implementar o novo acordo de Minsk e violaram as Nações Unidas.
Por sua vez, o ministro do governo chinês declarou que o seu país sempre respeitou a soberania e a integridade territorial de todos os países. Wang declarou que reconhece o contexto histórico complexo e especial da questão da Ucrânia e entende a as preocupações legítimas de segurança da Rússia.
Por fim, o ministro da China sustenta que a mentalidade da Guerra Fria deve ser "completamente abandonada" e um mecanismo de segurança global e equilibrado deve ser estabelecido.