O presidente do Peru, Pedro Castillo, até que tentou evitar sua derrubada por parte do Congresso da República, dissolvendo o parlamento e impondo estado de emergência no país andino, para governar por decreto, nesta quarta (7), mas as Forças Armadas e a Polícia Nacional não obedeceram às suas ordens, o que resultou na efetiva cassação de seu mandato pelos congressistas. Sua vice-presidente, Dina Boluarte, está com o juramento de posse marcado para ainda esta noite.
Castillo vinha sofrendo fortíssima perseguição política por parte de grupos de direita e sobretudo de extrema direita, liderados pela candidata que derrotou, Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, desde sua vitória, em 2021. Desta vez, a trama foi fatal e o professor de escola primária vindo do empobrecido Departamento de Cajamarca foi apeado do poder.
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Por volta das 16h30 (horário de Brasília), a imprensa peruana informava que Castillo estava sendo mantido preso na sede da prefeitura de Lima. O chefe de Estado deposto havia deixado o Palácio Nacional com sua família logo após anunciar a dissolução do Congresso da República, mas não pôde ir muito longe.
Em imagens veiculadas pela TV e nas redes sociais, Castillo aparece sentado num sofá no edifício onde está custodiado, ouvindo de um integrante da Procuradoria-Geral da República todas as medidas judiciais tomadas contra ele, que amplamente está sendo acusado de tentar um golpe de Estado.