O integrante do partido de ultradireita italiano Força Nova, Alessia Augello, 44, foi enterrado nesta segunda-feira (10), em Roma, com uma bandeira com a suástica sobre o caixão. O fato gerou protestos no país de líderes católicos e judeus.
O episódio ocorreu na entrada da paróquia de Santa Lúcia, no centro de Roma. Algumas das cerca de 20 pessoas que acompanhavam a cerimônia ainda fizeram saudações associadas ao nazismo e ao fascismo, enquanto ao redor do caixão da ativista gritavam a palavra "presente" com o braço direito estendido.
Alessandro Zenobbi e Paolo Emilio, párocos que celebram missas no local, afirmaram em nota não terem ficado sabendo de nada: "o que ocorreu fora da igreja no final da celebração aconteceu sem qualquer autorização do pároco ou do pároco celebrante, ambos desconhecendo o que estava acontecendo”.
Eles ainda expressaram "profunda tristeza e decepção pelo ocorrido, distanciando-nos de cada palavra, gesto e símbolo usado fora da igreja, atribuível a ideologias extremistas distantes da mensagem do evangelho de Cristo".
Papa Francisco
A diocese de Roma, comandada pelo Papa Francisco, chamou a bandeira nazista de "um símbolo horrendo" e disse que o episódio foi um exemplo ofensivo de "exploração ideológica" de um serviço religioso.