Pesquisas de boca de urna e as primeiras projeções mostram que o Partido Social-Democrata (SPD), que tem origem no proletariado alemão - assim como o PT no Brasil -, conquistou a maioria das cadeiras no parlamento alemão e, juntamente com o Partido Verde, que formou a terceira força, deve governar a Alemanha na era pós Angela Merkel.
No entanto, segundo a imprensa alemã, um fator que pode embolar o cenário eleitoral nacional é a grande quantidade de votos pelo correio, que naturalmente não tem como ser considerada nas precisas pesquisas de boca de urna do país.
"Está muito claro: O SPD tem o mandato para governar. Olaf Scholz deveria ser o chanceler", disse o secretário-geral do SPD, Lars Klingbeil à emissora ZDF, citado pela agência Deutsche Welle.
Por outro lado, Armin Laschet, o líder dos conservadores que esperava suceder Angela Merkel, disse que nada está perdido e que pretende formar um governo após os resultados finais serem proclamados. "Faremos todo o possível para formar um governo sob a liderança da União democrata-cristã (CDU) e social-cristã (CSU, o equivalente do partido na região da Baviera)", disse.
Segundo pesquisa da boca de urna, o SPD recebeu 25% dos votos, empatado com a União Democrata Cristã (CDU), partido de Angela Merkel. No entanto, as projeções mostram que SPD conquistou 200 cadeiras, duas a mais que a CDU.
Com as mudanças climáticas aparecendo no topo das principais preocupações dos eleitores alemães, o Partido Verde alemão ampliou significativamente sua votação em relação ao último pleito. De 8,9% há quatro anos, o partido deve saltar para quase 15%, com 113 cadeiras, dividindo o governo com o PSD.
Berlim
O Partido Verde aparecia nas pesquisas de boca de urna com uma pequena diferença à frente do SPD na corrida pela prefeitura da cosmopolita capital alemã, Berlim. Há poucos minutos o resultado se inverteu, com os social-democratas ficando na dianteira por 0,6% de vantagem (22,6% contra 22,2% dos Verdes).
Sem um resultado final claro, a imprensa e os observadores alemães classificam os números de Berlim até aqui como indefinidos, já que uma pequena diferença no número de cadeiras na câmara local por parte dos Verdes não garantiria o cargo de prefeito para a sigla, uma vez que a candidata da SPD contaria com uma coalização para ficar com a administração da cidade.