A ativista Malala Yousafzai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz após se tornar símbolo da luta das meninas pelo direito à educação, manifestou preocupação com a tomada do Afeganistão pelo grupo fundamentalista Talibã e com o quanto isso pode representar para os direitos de mulheres e minorias. Malala, que é paquistanesa, já foi alvo de um atentado promovido pelo grupo extremista.
"Assistimos em completo choque enquanto o Talibã assume o controle do Afeganistão", lamentou Malala no Twitter.
"Estou muito preocupado com as mulheres, as minorias e os defensores dos direitos humanos. As potências globais, regionais e locais devem exigir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis", completou.
Malala virou símbolo da luta à educação no Paquistão e no mundo após sobreviver a tentativa de assassinato por integrantes do Talibã, aos 15 anos. O ataque aconteceu em razão de a ativista defender em seu blog o direito de meninas à educação em seu país, o que vai contra a agenda fundamentalista.
Na ocasião do atentado, ela voltava da escola quando extremistas entraram no ônibus e atiraram em sua cabeça à queima-roupa.
Aos 17 anos, ela se tornou a primeira paquistanesa e a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio, que dividiu com ativista indiano Kailash Satyarthi. Atualmente, aos 24, Malala vive com sua família na Inglaterra pois ainda recebe ameaças de morte.
Tomada de Cabul pelo Talibã
O grupo extremista Talibã alcançou a capital do Afeganistão, Cabul, neste domingo (15), e começou a ingressar na cidade, pouco tempo depois de o presidente Ashraf Ghani abandonar o país, junto com auxiliares. O país foi praticamente dominado pelos insurgentes por meio de um rápido avanço durante a semana, na sequência da saída das tropas norte-americanas do local.
Com informações do Metrópoles