Biden se pronuncia sobre atos e ataca governo cubano: ouçam o povo e deixem de enriquecer

Biden foi o primeiro chefe de estado a comentar oficialmente os protestos na ilha. Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel diz que atos são reflexo do aumento do embargo pelos EUA e desafiou: "Por que não têm coragem de abrir o bloqueio?"

Joe Biden e Miguel Diaz-Canel (Montagem)
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O presidente dos EUA Joe Biden foi o primeiro chefe de estado a se pronunciar oficialmente sobre os protestos que ocorreram em Cuba neste domingo (11).

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Em declaração publicada no site oficial da Casa Branca nesta segunda-feira (12), Biden diz que os EUA estão "ao lado do povo cubano" e "conclamou" o governo da ilha "a ouvir seu povo e a servir suas necessidades neste momento vital, em vez de enriquecer".

"Estamos ao lado do povo cubano e de seu clamor por liberdade e alívio das trágicas garras da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico a que foi submetido pelo regime autoritário de Cuba. O povo cubano defende com bravura os direitos fundamentais e universais. Esses direitos, incluindo o direito de protesto pacífico e o direito de determinar livremente seu próprio futuro, devem ser respeitados. Os Estados Unidos conclamam o regime cubano a ouvir seu povo e a servir suas necessidades neste momento vital, em vez de enriquecer", declarou Biden.

https://twitter.com/POTUS/status/1414606091091075075

Na noite de domingo, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermudez fez um pronunciamento na TV contra o que ele classificou como “contrarrevolucionários” que estariam organizando os protestos e criticou o aumento do embargo decretado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em 2019, que inclui “a perseguição financeira e energética, com o objetivo de sufocar a economia do nosso país”.

“Se queres fazer um gesto com Cuba, se queres realmente preocupar-te com o povo, se queres resolver os problemas de Cuba: acabem com o bloqueio e vejamos como jogamos. Por que não o faz? Por que não têm coragem de abrir o bloqueio? Que fundamento legal e moral sustenta que um governo estrangeiro possa aplicar essa política a um país pequeno e em meio a situações tão adversas? Isso não é genocídio?”, disse o presidente cubano.