Neste dia 1º de Maio, dia do trabalhador, a população ocupou as ruas da Colômbia pelo quarto dia seguido contra a Reforma Tributária do presidente Iván Duque, de extrema-direita. As mobilizações, iniciadas na última quarta-feira (28), foram alvo de forte repressão por parte do governo, que provocou ao menos 8 mortes.
Além da pauta principal, pedindo a retirada do projeto de Reforma Tributária - considerado , os atos neste sábado (1º) denunciavam a forte repressão policial que os manifestantes enfrentam. A greve geral convocada por centrais sindicais e movimentos sociais promoveu protestos gigantescos em cidades como Bogotá, Cali, Medellín, Barranquilla e Neiva.
Na madrugada de sexta-feira (30) foram registradas ao menos 8 mortes em um massacre empreendido em Cali. A Rede de Direitos Humanos "Francisco Isaías Cifuentes" denuncia ainda 84 detenções, 3 desaparecidos, 28 pessoas feridas (muitas em estado grave), 3 pessoas que perderam a visão, 1 mulher abusada sexualmente e outras seis possíveis mortes.
Em informe divulgado neste sábado, o movimento Defendamos a Paz fez um apelo ao presidente Duque para que cesse a repressão e lembrou de fatos ocorridos em setembro de 2020, quando a atuação das forças policiais deixou 12 mortos em Bogotá.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou preocupação com o cenário e pediu que "o estado da Colômbia investigue com prontidão e diligência, esclarecendo o escopo da suposta participação de agentes de segurança; e em casos de denúncias de violência sexual, com a devida diligência reforçada".
A situação socioeconômica da Colômbia é de enorme gravidade, com 42.5% da população (21 milhões) na pobreza.
Com informações do Colombia Informa, da Agência Télam e da TeleSUR
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