A Justiça alemã iniciou nesta semana um processo contra um ex-guarda da SS nazista, acusado de cumplicidade com o assassinato de milhares de pessoas em Sachsenhausen, o campo de concentração de Sachsenhausen, mais próximo da capital Berlim.
As autoridades da Alemanha não revelaram a identidade do réu, mas o caso chamou atenção pelas informações que se sabe dele: se trata de um homem de 100 ano e que teria estado envolvido na morte de mais de 3,5 mil pessoas nos anos em que serviu no campo de concentração, entre os anos de 1942 e 1945.
Em entrevista para a agência Associated Press, o acadêmico Efraim Zuroff, do Centro Simon Wiesenthal, afirmou que “o caso é vital para nos lembrar dos perigos do antissemitismo, do racismo e da xenofobia”.
“A idade avançada do acusado ??não é desculpa para ignorar seus atos e permitir que viva na paz e na tranquilidade que ele negou às suas vítimas”, acrescentou Zuroff.
A SS (abreviação de Schutzstaffel) foi uma organização paramilitar ligada ao Partido Nazista, que começou atuando na Alemanha durante a ditadura de Adolf Hitler, e logo se espalhou por vários países da Europa que foram invadidos pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
Também estiveram presentes nos campos de concentração, onde o regime torturou e matou milhões de judeus, homossexuais, comunistas e pessoas de outros perfis que a ideologia nazista considerava como inimigos.