Morreu em um hospital de Buenos Aires, neste domingo (14), o ex-presidente da Argentina, Carlos Menem, aos 90 anos.
Menem estava internado há meses para tratar problemas respiratórios e cardíacos. Uma infecção urinária agravou seu estado de saúde e o político foi colocado em coma induzido em dezembro do ano passado.
Em nota divulgada nas redes sociais, o atual presidente argentino, Alberto Fernández, lamentou a morte de Menem.
"Com profundo pesar soube da morte de Carlos Saúl Menem. Sempre eleito em democracia, foi governador de La Rioja, presidente da nação e senador nacional. Durante a ditadura, ele foi perseguido e preso. Todo o meu amor vai para Zulema, Zulemita e todos aqueles que o choram hoje", escreveu o mandatário.
Trajetória
Advogado de profissão, Menem foi presidente da Argentina por dois mandatos seguidos: de 1989 a 1999, após ter sido governador de La Rioja, sua província natal, entre 1973 e 1976.
Seus mandatos como presidente foram marcados por um intenso processo de privatização de empresas públicas, mas, também, por acusações de corrupção, que ele teve de enfrentar nos tribunais nos últimos anos.
Sua política privatista é apontada como uma das principais causadoras de uma das maiores crises econômicas da história da Argentina, no início dos anos 2000.