Pesquisadores da Universidade Florida Atlantic, nos Estados Unidos, revelaram nesta quarta-feira (10) o caso de um bebê recém nascido no qual foi detectado um tipo específico de anticorpo fabricado pelo organismo humano para se defender do coronavírus SARS-CoV-2, causador da infecção covid-19.
Se trata de uma menina e o caso, publicado no site MedRxiv – ligado ao Cold Springs Harbor Laboratory, dos Estados Unidos – chamou a atenção porque ela é filha de uma mulher que foi imunizada antes do parto.
A mãe – que, assim como a criança, não teve seu nome revelado – tomou a primeira dose da vacina da farmacêutica estadunidense Moderna quatro semanas antes de dar à luz, e a segunda dose duas semanas antes.
Os primeiros exames feitos com a menina após o seu nascimento indicam que ela possui imunoglobulinas IgG, um dos cinco anticorpos que o corpo fabrica para se defender de patologias como a covid-19.
No entanto, os cientistas pedem cautela e defendem a realização de mais estudos de casos similares antes de garantir que a imunização pode favorecer os bebês. Por enquanto, os estudiosos da Universidade Florida Atlantic preferem dizer que “este caso pode indicar que a vacinação de gestantes e de mulheres que estão amamentando favorece a proteção dos bebês, mas é preciso reunir mais evidências”.
“A duração da proteção de anticorpos nestes casos ainda não é conhecida e as medições em série dos anticorpos totais podem ser usadas para determinar quanto tempo esperar pela proteção, o que pode ajudar a determinar o melhor momento para iniciar a vacinação”, explicaram os estudiosos da universidade estadunidense.