Menos de um mês após encontrar o ex-presidente Lula (PT) e expor seu desejo de "continuar nosso diálogo", Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata, foi eleito chanceler pelo parlamento alemão, encerrando os 16 anos de governo da conservadora Angela Merkel.
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Scholz recebeu 395 votos dos 707 deputados presentes (mais do que os 369 necessários), num pleito que já tinha resultado conhecido de antemão. Ele recebeu 303 votos contrários, e houve seis abstenções.
A votação ocorreu na manhã desta quarta-feira (8), horário de Brasília. Em seguida, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, nomeou Scholz como chefe de governo. Com a entrega da certidão de nomeação, o poder foi oficialmente transferido de Merkel para seu sucessor.
Scholz, de 63 anos, foi Ministro das Finanças e vice-chanceler no quarto mandato de Merkel, quando o Partido Social-Democrata (SPD) foi o parceiro minoritário em uma coalizão liderada pela União Democrata-Cristã (CDU) da antiga chanceler. Nas eleições federais de setembro, os papéis se inverteram, e o SPD foi o partido mais votado, com 25,7%, à frente da CDU, que ficou com 24,1%.
Encontro com Lula
Em encontro com Lula, durante o giro pela Europa do ex-presidenta brasileiro, Scholz afirmou que espera “continuar o diálogo” com o petista, que lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022 no Brasil.
“Estou muito satisfeito com nossa boa conversa e espero continuar nosso diálogo“, escreveu Scholz no Twitter, compartilhando publicação do ex-presidente brasileiro. Ele deve suceder a atual chanceler alemã, Angela Merkel.
Em seu tuite, Lula diz que a “agradável conversa” teve como foco “a formação de um novo governo e sobre a importância de fortalecer a cooperação Brasil Alemanha”.
O encontro, no entanto, foi ignorado pela mídia liberal brasileira, enquanto teve destaque nos jornais da Alemanha.