O governo do México autorizou a utilização emergencial da vacina cubana Abdala contra a Covid-19. A liberação foi dada pela Comissão Federal de Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) do país.
“Faz parte da Estratégia Nacional de Regulação Sanitária, que permite revisar e dar acesso ao maior número de insumos de saúde, desde que verificadas a qualidade, segurança e eficácia do produto”, apontou a Cofepris.
O órgão mexicano divulgou uma nota para salientar que o Comitê de Novas Moléculas realizou uma reunião, cujo tema principal foi o imunizante de Cuba, que recebeu parecer favorável dos especialistas.
Até agora, com a Abdala, o México aprovou dez vacinas contra a Covid-19 para uso emergencial: Pfizer-BioNTech, AstraZeneca, CanSino Biologics, Sputnik-V, Sinovac, Covaxin, Janssen, Moderna e Sinopharm.
O presidente mexicano, López Obrador, havia dito, em outubro, que o país compraria a vacina para ajudar na imunização, por meio de um “acordo” com o governo de Cuba. Contudo, a parceria ainda não havia sido formalizada.
A Abdala, uma das seis vacinas cubanas contra o coronavírus, apresentou mais de 92% de eficácia no esquema de três doses.
Cuba é o único país da América Latina e Caribe a ter vacina própria contra a Covid
A Comissão Mexicana ressaltou que, como Autoridade Reguladora Nacional de Referência, habilitada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a aquisição do imunizante abre perspectivas para que a Abdala seja usada em outras nações.
Irã, Nicarágua e Venezuela são países que já utilizam vacinas fabricadas em Cuba, seja a Soberana ou a Abdala. Há 13 meses a biomedicina cubana desenvolve seis fórmulas de imunizantes contra o coronavírus. É o único país da América Latina e Caribe a ter um medicamento próprio.
Com informações de Opera Mundi e Telesur