O presidente francês, Emmanuel Macron, foi direto e sincero ao ser questionado sobre a relação da nação por ele chefiada e o Brasil, durante uma coletiva em Roma, onde acontece a reunião do G20.
“Já foi melhor”, disse o ocupante do Palácio do Eliseu, cuja esposa já foi chamada de feia pelo ministro da Economia Paulo Guedes e alvo de deboche por parte de Jair Bolsonaro, só porque é 24 anos mais velha que Macron.
O líder europeu também foi perguntado se pensava que o Brasil tem feito o necessário nas questões ambientais, sobretudo em relação à proteção da Amazônia. Macron, no entanto, foi evasivo e procurou não fazer críticas diretas, frisando a importância da cooperação para o tema.
“Não vou culpar ou felicitar ninguém hoje. Acho que todos terão de ser mais eficientes para combater o desmatamento. Caso contrário, mataremos a biodiversidade e, acima de tudo, nossa capacidade de lutar contra emissões de CO2. Para mim, vamos matar o equilíbrio na região para as pessoas, por isso, é muito importante ter mais cooperação e mais ambição em termos de proteção e preservação da floresta Amazônica”, disse.
Os problemas diplomáticos entre Brasil e França começaram um pouco antes da chegada de Jair Bolsonaro ao cargo de presidente. Em 2018, ainda na gestão de Michel Temer, Paris já havia se transformado num obstáculo para a concretização do tratado comercial entre o Mercosul e a União Europeia, alegando que o país sul-americano vinha sendo negligente na preservação ambiental.