Líderes da extrema direita italiana são presos após protesto contra o passaporte vacinal

Durante a manifestação, membros do partido fascista Forza Nuova promoveram a depredação de vários pontos de Roma; parlamentares querem que legenda seja banida

Partido fascista promoveu ato contra o passaporte vacinal em Roma/Foto: reprodução redes sociais
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A polícia italiana prendeu, neste domingo (10), dois líderes do grupo de extrema direita Forza Nuova, após uma manifestação contra a obrigatoriedade do passaporte vacinal em Roma.

O protesto, que teve vários momentos de violência, promoveu a depredação da sede nacional da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), um dos principais sindicatos italianos.

O líder do sindicato, Maurizio Landino, pediu a dissolução do Forza Nuova e anunciou uma grande manifestação contra o fascismo para o próximo sábado (16). "Eles não podem nos intimidar, não temos medo", declarou Landini ao RFI.

Outras lideranças do centro e da esquerda italiana também se manifestaram contra as ações promovidas pelo Forza Nuova. "A violência fascista deve parar imediatamente. Todas as forças democráticas hoje apoiam a CGIL e a polícia", disse Andrea Marcucci, membro do Partido Democrata.

Segundo informações do RFI, doze pessoas foram presas, entre elas Roberto Fiore, secretário nacional do Forza Nuova, e Giuliano Castellino, responsável pelo movimento neofascista em Roma.

Abaixo, vídeo com o exato momento em que os fascistas invadem a sede da CGIL:

https://twitter.com/Tommasolabate/status/1446878386190790658

Dissolução

Além do sindicato, os manifestantes destruíram outros pontos de Roma. A polícia interveio com jatos de água e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. O conflito se arrastou por horas.

O Forza Nuova é uma de extrema direita e neofascista que foi fundado em 1997. A programa político deles prevê a proibição do aborto, a interdição da imigração e a revogação de leis que punem atos de ódio motivados por política, raça e religião. A legenda nunca teve mais que 0,5% dos votos.

Após os conflitos ocorridos neste sábado (9), os partidos de centro e de esquerda pediram a dissolução do Forza Nuova e afirmara que vão apresentar uma moção urgente ao Parlamento pedindo o encerramento da legenda.

A extrema direita italiana é liderada por Matteo Salvini, que já foi Ministro do Interior e vice premiê. Salvini e o seu partido A Liga, hoje o mais popular da Itália, mantém estreitas relações com a família Bolsonaro.